segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Tá lá o corpo estendido no chão...

Confesso que hoje estava bastante apreensiva antes de pegar a estrada de BH a Ipatinga. O dia amanheceu com muita chuva, as nuvens negras indicavam que ela não daria trégua. Saí logo depois do almoço, com aquele frio na barriga e pedindo a Deus proteção. Já na estrada, coloquei uma música e tentei me acalmar.

A chuva estava muito forte e o limpador de pára-brisas não estava dando conta. Apesar do tempo ruim, a viagem estava tranqüila, João Monlevade tinha ficado pra trás e não havia me deparado com nenhum acidente.

Faltavam 50 km pra chegar à Ipatinga, quando vejo um bombeiro no meio da estrada sinalizando redução. Ficamos parados cerca de 30 minutos; quando o trânsito foi liberado vejo a frente uma moto no meio da estrada totalmente retorcida e o corpo do motociclista coberto e estendido no chão. O acidente havia acontecido numa parte alta da estrada em uma curva super acentuada.

O céu nublado, a moto, o corpo. Aquela cena me despertou um sentimento de tristeza, revolta e indignação. Minha viagem acabou bem. Cheguei em casa, encontrei minha família com saúde e em paz. Mas a vida daquele homem foi interrompida de forma cruel. Sua família e amigos ainda estão sentindo a dor da perda. Muitas famílias ainda sentem a dor de vidas que se foram em acidentes nesta estrada. Nós como cidadãos, precisamos nos unir em prol da duplicação da BR-381. A situação atual desta estrada é inconcebível. Estamos cansados de falsas promessas políticas.

* Está viagem foi relatada por Tatiane Carvalho e aconteceu no sábado, dia 15 de Janeiro.


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